A cultura da maioria dos portugueses resume-se à leitura de revistas cor-de-rosa e visionamento de telenovelas. A cultura em Portugal está em decadência.
Muitos profissionais formados em cinema saem da universidade para irem trabalhar em televisão, principalmente na indústria das telenovelas que são produzidas em larga escala.
A televisão quando foi inventada em 1923 por Vladimir Zworsky não era acessível a todos os estratos sociais, aos estratos sociais mais baixos por exemplo.
Hoje é o contrário, tudo evoluiu, mas Portugal continua a ser e é um país de terceiro mundo, devido à mentalidade retrógada.
A televisão banalizou-se em larga escala, roubando público ao cinema.
Pessoalmente, sendo prática e polivalente, abarcando o cinema e a escrita, cheguei à conclusão de um facto há muito tempo.
Os reality-shows, telenovelas, imprensa cor-de-rosa, não esquecendo a loucura, ou o que lhe chamo demência pelo futebol, estupidificam o país em larga escala.
Os canais privados encomendam e compram telenovelas aos “magotes”, os reality-shows e os programas da tarde são copiados de outros feitos no estrangeiro.
Com tudo isto, o país está inerte, colado a um dispositivo que reproduz imagens em movimento de carácter banal e com argumentos rocambolescos.
O país está a empobrecer, a ser embrutecido culturalmente e a perder a sua identidade.
As idas ao cinema baixaram, isto devido à crise e devido ao facto de muitos filmes passarem para video on demand muito pouco tempo depois e poderem ser alugados a preços muito baixos.
O que aumentou em grande escala foram as idas aos museus com o intuito de visitar exposições gratuitas.
É de facto uma boa notícia, mas de facto é necessário atrair o público para ir de encontro à arte, são necessários mais apoios do estado para a cultura e uma menor afluência ao futebol e à televisão.
Crónica de Filipa Gomes Gouveia
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