Uí, que é mel! Ou, não… – Ricardo Espada

Como é, malta? Preparados para mais uma crónica de «Graças a Dois»? Preparados para mais uma crónica cheia de humor, que vos deixará de boca aberta? Para depois surgir alguém e exclamar a seguinte e célebre frase: «Eh pá, fecha a boca que ainda entra mosca!» Preparados para adquirir uma enorme dor ao nível do maxilar? Devido ao excesso de riso, derivado do requintado humor que esta crónica irá apresentar? Hã? Preparados? Ainda bem que não, porque não é hoje que isso irá acontecer. Pensavam que iam rir que nem uns perdidos, não? Mas quem é que tem vontade de rir, com este país nesta desgraça? Hum? Hã? Ganhem juízo, mas é!

Depois de uma introdução simplesmente bizarra e sem sentido, eis que chega a altura de me concentrar no tema que vos trago hoje, ó malta catita do +oPinião. Durante a semana passada, estava eu, sossegadamente, a conduzir pelas terras de Palmela. E pronto! Era só isto. Obrigado e voltem sempre! Nã… Vamos lá a coisas sérias – apesar de isto, «supostamente» ser uma crónica de humor…

Como é sabido, têm estado verdadeiros dias intensos de calor. Um calor exageradamente absurdo, direi eu, mas estamos no Verão. Por isso, olhem: aguentem-se à bronca! Estava eu a contar que, durante a semana passada, circulava eu em Palmela, quando o calor começa a apertar de uma forma quase drástica. Então, o que é que me ocorreu? Lembrei-me de usar um sistema super avançado de refrigeração, um tal de: «Abrir as janelas da viatura para entrar o maravilhoso vento morno…» Resulta sempre bem, quando não se tem ar condicionado. E, se pensarem bem, se suarmos um pouco, e depois sentirmos a brisa morna a irromper pela nossa cara, parece que estamos com o ar condicionado ligado (Ou não! Mas deixem-me pensar que sim. Sou feliz assim…).

Estava tudo a correr tão bem, até que entra uma abelha dentro do carro. E, claro, ela não queria apenas fazer-me uma visita – tipo: «Olá, Ricardo. Está tudo bem? E este calor, hein? Terrível… Não se pode… Pfff… –, mas sim, com a clara intenção de afincar-me uma bela de uma ferroada. E assim o foi. Nem pediu autorização! O que eu acho mal. Ao menos podia ter avisado que vinha com más intenções. Eu tentava dissuadi-la da sua pretensão, e a coisa até poderia ter corrido bem. Mas, não! Ela era má! Aplicou-me a ferroada, e morreu. Simplesmente, caiu para o chão e faleceu – espero que tenha voado em direcção à luz…

Isto leva-me a interrogar o verdadeiro sentido da existência das abelhas. Ok, o mel que elas produzem é excepcionalmente bom, mas, porquê morrer depois de uma ferroada bem dada? Se elas sabem que vão desta para melhor quando dão a ferroada, por que é que têm esta atitude suicida? São estúpidas! Ou… será que não? Ou será que elas têm um destino traçado? Querem saber a minha teoria? Não? Oh… então?! Eu sei que o texto já vai longo, mas eu prometo ser breve.

Aqui vai a minha teoria: «Eu acho que elas é que criaram o seu próprio destino Kamikase!» Isso mesmo. Sou da opinião de que, certo dia, depois de Deus, o todo poderoso, ter criado a abelha (Com o intuito de elas, apenas, servirem para produzir mel…), uma delas estragou o destino de todas abelhas. Uma delas, aplicou uma bela de uma ferroada em Deus, o todo poderoso, quando ele estava a admirar a sua mais recente criação. Até parece que estou, neste preciso momento, a ver a cena toda:

Deus: «Eh pá, realmente, eu sou muita bom, caraças! Olhem para ela, a produzir mel… Ainda por cima é doce… Que espectacular invenção, cum catano! Sou o maior! Olha… aí vem ela… O que é que queres pequenita? Ide lá produzir mel… Ide… AI! CARAÇAS! ENTÃO?! DEU-ME UMA FERROADA! Olha-me para esta sacana de um raio! Eu já te digo! A partir de agora, todas as abelhas que derem uma ferroada em alguém, seja animal racional ou irracional, vai desta para melhor! ZÁS! Foste! Ah! Ah! Ah! Bom, agora tenho de criar outra abelha para produzir mais mel… Mas só depois de almoço, que isto de trabalhar de barriga vazia, não dá com nada…»

Pois é, abelhitas… Não sejam burras, e deixem-me lá andar a «curtir» a brisa morna enquanto conduzo… Se querem vingar-se DELE, vão lá acima e peçam o livro de reclamações. Isso irá chateá-lo um pouco, mas vocês continuarão a ter a mesma fatalidade… É a vida…

Adeus malta, até para a semana!


RicardoEspadaLogoCrónica de Ricardo Espada
Graças a Dois
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