Um Estudo em Vermelho de Arthur Conan Doyle

Ler Sir Arthur Conan Doyle é sempre um prazer.

Para os viciados em Sherlock Holmes é ainda melhor.

Eu não me contento com as séries nem os filmes.

Tenho de ir ao cerne da questão e conhecer verdadeiramente todas as personagens envolvidas. Quero e gosto de conhecer os originais.

Depois de ler as Memórias de Sherlock Holmes e O Cão dos Baskervilles, quis mais e mais e mais, por isso procurei e dei com o primeiro caso de Sherlock Holmes: Um Estudo em Vermelho.

Foi-me dado como prenda de Natal, deviam ter visto, parecia uma miudinha.
Já o devorei.

O livro que me deram está traduzido para português e a editora é a Bertrand, a edição é de 2011.

Estava a meio da leitura, toda lançada, quando leio a palavra “trem”.

Já tinha dado com umas “gralhas”, mas esta “gralha” em especial repetia-se e vim a ver que haviam outras “gralhas”.

Não é que para minha surpresa o tradutor era brasileiro e a tradução já tem uns aninhos?

Dito isto, nesta edição e desta editora, a não ser que queiram ler em português-brasileiro, não comprem o livro.

Mesmo com esta desfeita continuei a lê-lo.

Mesmo com esta desfeita, adorei-o.

Sherlock Holmes e John Watson são mais novos e Sir Arthur Conan Doyle faz notar essa diferença deste livro para o de memórias e bem como para O Cão dos Baskervilles.

A energia e curiosidade de Sherlock é contagiante e leva-nos até ao fim a voar.

A narrativa mais jovem de Watson “escorrega como mel” e não nos permite pousar o livro nem para dormir. É impossível.

Mesmo assim, acho que não estou a fazer jus ao livro, o que até é uma qualidade! Pois, ficaram com o bichinho?

Comprem, (mas não o da Bertrand!, ou então, não deste tradutor!) em inglês é A Study in Scarlet, comprem, peçam emprestado, vão à biblioteca… Façam o que quiserem. MAS LEIAM-NO!

This book is not elementary, my dear reader.

Artigo de Joana Felizardo Valente