Um sólido “platónico”

Mas será que nenhum dos famosos submarinos poderia dar uma boleia ao ministério da educação até à realidade das escolas e famílias?

Oh! Que falta de educação ter mencionado este órgão com letra minúscula. Realmente, a letra maiúscula aplica-se quando no meio de uma frase temos um nome próprio, mas neste caso… de “próprio” não sinto que este ministério tenha nada. Afinal, ele pertence a todas as outras áreas capitalistas que em nada completam a Educação.

“Meninos, a professora Ana deslocou-se de Beja a Valença o que corresponde a um trajecto de 560km. Pouco tempo depois, a professora deslocou-se de Valença ao Porto. No total, realizaram-se 678km. Qual será a distância entre Valença e o Porto?” ou então “Num agrupamento de escolas, 500 alunos tiveram 0 docentes num mês para a mesma disciplina.

No mês seguinte, 400 tiveram 2 docentes para a mesma disciplina. Qual a sequência?”.

Bem, esta é, sem dúvida, uma óptima forma de fazer uma apresentação, abordar Geografia, Matemática e com mais um jeitinho conseguir explorar as Artes Visuais. Afinal, talvez até o tempo para cumprir os programas vá ter o seu tempo contado. Ao que parece há que deambular os programas para que sejam semelhantes aos percursos dos professores e dos alunos e suas famílias.

E já agora, porque não deixar que as modernices informáticas só fossem aplicadas depois de devidamente pensadas e construídas? Globalizar não é só permitir a expansão de negócios orientais. É englobar todos vértices e arestas de um sólido. Com apenas semi-rectas não vamos a lado nenhum.

Apesar de tudo, continuo a acreditar que Portugal é um berço de Heróis. Mesmo sem reconhecimento e afogado no caos, o Professor ergue em punho a sua odisseia tentando-a salvar da água.

Realmente, só consegue exercer a Educação aquele que se consegue abstrair do que caracteriza um ser humano: os receios, dúvidas e frustrações, para viver no sonho auto-induzido que é a “utopização” de um caos… “utopizando” a real “deseducação”.