Vai ver se estou ali

Isto é das mais velhas máximas expressões portuguesas e que ao longo da história de Portugal já sofreu várias alterações e evoluções.
Nos dias que correm em que os americanos festejam o dia do vinho do Porto e se fala da criação dos estados unidos da Europa, muitos portugueses, revoltados dizem ao governo para este ir ver se eles estão ali.
E por ali entendem-se todos os licenciados que incentivados pelo governo decidiram emigrar para outras terras, esses também dizem ao nosso governo para ele ir ver se eles estão ali… Perdidos por cem perdidos por mil, já diz o ditado que não está bem muda-se, e quando os nossos governantes são os primeiros a sugerir a mudança então sim é porquê está na hora de abandonar o barco e dizer adeus á terra natal e partir para o desconhecido.
Mas abandonar o barco é um dos maiores motes de Portugal, antes de abandonar o barco o português desenvolve um difícil trabalho de evolução pessoal e profissional: Nasce, cresce e depois tira a sua licenciatura na faculdade independente, ainda jovem, decide que ser primeiro ministro é o futuro ideal para si, (pudera, se os licenciados de verdade não conseguem um emprego, um licenciado com um curso de “faz de conta” muito menos…) depois de ser primeiro ministro (ou outro cargo semelhante) faz uma ou outra asneira (mas fazer asneiras é o hábito mais antigo e já é uma tradição dos velhos governantes) e depois abandona o barco (que é o país) para partir para a União Europeia. depois disto, o povo diz que o governante meteu água, e involuntariamente lembramo-nos logo dos submarinos…
Se fosse vivo Teófilo Braga também estaria a dizer ao Estado Portugues para este ir ver se ele estava “alí”, pois com a redução dos feriados, os grandes feitores da nossa história foram completamente colocados de parte e a história de Portugal está a perder o seu legado e a cada dia que passa os jovens perdem o interesse pelo nosso património e perdem-se num mundo em que a história já passou á história, o valor da história já vale menos que o ouro e que nomes como Teófilo Braga e D. João passam a ser substituidos por Passos Coelho e Troika.
O país e a Europa estão bem para aqueles que estão ali e não aqui, qualquer lugar é melhor que aqui, seja onde for esse lugar, pois hoje em dia é tudo muito mais relativo…