A linha ténue da sanidade mental

A fronteira entre o “estar bem” e o “não me sinto bem” é uma linha ténue, invisível, sensível, quebrável e débil que torna a nossa parte emocional facilmente transponível. Passar de um estado de euforia para um quadro depressivo acontece com mais frequência do que julgamos, em minutos, horas, dias que podem durar meses, anos, uma vida inteira.

Dependemos constantemente da avaliação dos outros para suprimir ou validar a nossa existência – os sorrisos nas selfies, os olhares felizes nas fotografias nas redes sociais, o que dizemos, o que escrevemos, o que postamos, com quem partilhamos, a opinião dos outros sobre nós é tão importante quanto a nossa, ou pior ainda, a opinião alheia é mais considerável que a nossa. No nosso dia a dia somos confrontados com variadas exigências, na vida enfrentamos problemas, em cada um deles vamos deixando um pouquinho de nós, em troca recebemos aprendizagem e maturidade mas também mágoas e frustrações.

Somos os juízes da nossa própria vida e os árbitros da nossa mente, se é assim tão fácil então porque é que o nosso cérebro anda frequentemente num rodopio entre o “Sou feliz!” e o “Não ando neste mundo a fazer nada!”? Se a regra da vida é assim tão simples, então porque é que os nossos alicerces emocionais são tão fracos e triviais? Se viver é somente o que a palavra diz Viver, então porque é que os nossos sentimentos e pensamentos acerca de nós, dos outros e do mundo que nos rodeia não é contínuo e resoluto?  Num minuto somos resilientes, motivados e perseverantes, no minuto a seguir duvidamos das nossas capacidades e da razão porque andamos aqui. Pensar que há uma lógica para a nossa existência é um dever ou é um fardo? A instabilidade emocional é considerada loucura ou é parte representativa da nossa personalidade?

Existem diversos conceitos para as interrogações que referi no parágrafo acima: Depressão, Ansiedade, Doença Bipolar, Codependência emocional, Falta de empatia, Baixa auto-estima, Idealização do irreal, Comunicação violenta, Paranoia, Preocupação excessiva, Passividade, Esgotamento, Stress, Transtorno obsessivo-compulsivo, Caos emocional, Auto-sabotagem, Complexo de inferioridade, Dependência afetiva, Fragilidade emocional, Falta de amor-próprio, Neuroses, Transtorno de Personalidade…Algum destes conceitos lhe é familiar?

Se eu dissesse que há um livro que ajuda o leitor a superar estas questões, era capaz de o ler?

 

Continua