Acendam a luz, por favor! – Mi Céu

Numa semana ocupada, com um misto de emoções à flor da pele e com muito crescimento à mistura…sim! Porque, é com os obstáculos, que a vida nos apresenta que mais crescemos…aqui estou eu, novamente, para uma querida crónica, focada na “luz dos hojes”!

Ás vezes, sinto que ando a remar contra a maré…ou seja, etimologicamente falando “opor-se à opinião geral, lutar contra forças contrárias, impelir com o auxílio dos remos, esforçar-se inutilmente”, tenho a acrescentar que é um verbo transitivo, o que pode ajudar a esmiuçar! Para além de que, o verbo está no infinitivo…ora transitivo, significa efémero, passageiro, precário, temporário…e para ajudar a perceber o resto do conceito, infinitivo, dá ideia de uma acção ou estado sem vinculá-la a um tempo, que exprime a acção de maneira indeterminada, nomeia uma acção ou estado, mas é neutra quanto às suas categorias gramaticais tradicionais, ou seja, tempo, modo, aspecto, número, pessoa.

Uma vez que, estamos a dissecar esta frase “remar contra a maré”, para nos ajudar a perceber a sua essência, o que nos quer transmitir ou revelar…vamos à palavra significado, remete-nos para significação, de interpretação e sentido.
Nem sempre o continuar a luta, significa que será saudável…mas sinto que tenho de remar, enquanto o coração me disser em segredo para o fazer…mas há momentos, em que somos atacados pela cobiça de desistir…é uma dualidade de sentimentos, ambos fortes e arrebatadores! Quando damos por nós a remar sozinhos…o esforço e a fadiga dispendidos são elevados, e os resultados, muitas vezes, quase nulos!
O desporto diz-me muito, talvez venha daí o motivo, de me dedicar tanto a “remar” desta forma…a verdade é que, o remo é das modalidades mais completas do mundo! Descobri, entretanto que, exige níveis muito elevados de força muscular e de resistência à fadiga.

É um desporto de “velocidade, praticado em barcos estreitos, nos quais os atletas se sentam sobre bancos móveis, de costas voltadas para a direcção do movimento, usando os remos para mover o barco o mais depressa possível, em geral em rios de água doce, mas por vezes, também no mar. Pode ser praticado em diferentes categorias de barcos desde barcos para uma pessoa, duas, quatro, oito ou até mais. Alguns barcos ainda podem ter incluída a presença de um timoneiro (O que comanda o barco e controla o leme) responsável por dar a direcção e o ritmo da remada aos atletas.”
Tal como no remo, as nossas lutas na vida, exigem muito de nós e muitas vezes são penosas! Estarmos a lutar sem termos a noção, se vamos chegar a bom porto…a continuidade, é um dos pontos fortes do remo, os atletas escolhidos para este tipo de exercício têm em média 1,90, para que os seus membros longos, permitam um padrão de exercício de força, mais continuado e prolongado na água…a vida, poderá ser entendida como um dos lagos, nós os remadores, sem medida…pois quando damos por nós, pelos esforços que já fizemos, atingimos seguramente, aí uns 3 metros, no mínimo! O controlo e o comando do leme, é fundamental para não nos desnorteamos!

Muitas vezes pergunto-me, se sou eu que sou complicada?! Pois mais fácil seria já ter desistido e pronto! Mas não, acho que quando acreditamos ou queremos muito, temos de ir até às ultimas consequências…pois só depois de ter feito a minha parte, é que consigo, se necessário virar a página ou até trocar de livro…porque muitas vezes tentamos ler um livro, mas verificamos que nunca conseguimos passar daquela página…e sempre que voltamos a pegar no livro e tentamos lê-lo, não passamos dali…então, algo cá dentro nos sussurra “secalhar tens de trocar de livro”…e de facto dá que pensar, insistimos num determinado assunto ou leitura, mas quando não verificamos grande evolução ou abertura para, começo achar que mais vale desistir…e pouparmo-nos, a nós e ao nosso tempo…
Custa imenso, lutarmos incessantemente, por alguém que queremos muito, mas do outro lado, não obtemos uma resposta, um sinal, uma luz…

Quando toca a sentimentos, tudo muda…não pode existir meio termo, a verdade é mesmo essa! Ou sabemos muito bem o que queremos ou não vale a pena continuarmos sozinhos a lutar e a remar contra a maré…sempre na expectativa que, desta vez se acenda a tal luz, ou alguma coisa aconteça e  nos faça “arrancar” e sair do estado de paralisia…
Viver no passado, é como estarmos amarrados e presos a algo ou alguma coisa…não conseguimos viver o presente, nem vislumbramos o futuro…e não saímos dali…o tempo avançou, mas nós insistimos em conjugar o pretérito…não é humano, é contraproducente!

Com a pior arquitectura, aprendi a desligar-me do passado, porque para a nossa vida avançar, temos de nos conseguir desvincular de tudo, o que nos amarra lá…se não o fizermos, a cada dia adormecemos, para tudo o que está a acontecer no aqui e no agora…
Temos de reflectir, que só se vive uma vez…e ao deixarmos para amanhã, viver o hoje…corremos o risco de amanhã, já não termos para viver, o que ainda temos hoje!
Não deixe, nada para dizer ou para fazer amanhã…deixem-se levar e faça tudo hoje!
Uma semana, preenchida de “hojes”, não de “ontens”!

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