Adolf Hitler – O Homem que o Povo Alemão quer Esquecer

30 de Abril de 1945: A poucos dias do final da Segunda Grande Guerra Mundial, Hitler, Chanceler da Alemanha Nazi, sabendo já que os seus Exércitos nada podiam fazer para garantir a vitória face aos Aliados, decidiu pôr um fim à vida, fazendo-se acompanhar pela mulher, Eva Braun, no seu bunker pessoal, em Berlim. Apesar das múltiplas teorias da conspiração, segundo as quais Hitler conseguiu fugir e refugiar-se na América Latina, nada garante que haja algum fundo de verdade nas mesmas. Portanto, é comummente aceite que o Ditador Alemão morreu em Berlim, preferindo a morte a ser encontrado e capturado pelas forças aliadas. Todavia, o corpo nunca foi encontrado pois, segundo alguns dados, foi queimado nos jardins perto da Chancelaria do Reich.

Mas quem foi, afinal, Adolf Hitler? 

Nascido na Áustria em 1889, mudou-se ainda muito pequeno para a Alemanha com os pais, onde cultivou o gosto pelas artes e pela grandeza da Raça Alemã. Quando o pai faleceu, Hitler regressou a Viena conseguindo trabalho como operário e pintor. Tentou entrar, por duas ocasiões, na Academia de Artes Visuais, mas sem sucesso. Sem meios de se sustentar, Hitler passou por momentos difíceis, que jamais esqueceu e carregou consigo o resto da vida, usando-os como justificação para o seu antissemitismo.

Adolf Hitler em Jovem

Em 1914, a Primeira Guerra Mundial (IGM) tem início. Hitler alistou-se no exército alemão, participando em várias batalhas, sendo ferido na Batalha de Somme, tendo sido posteriormente condecorado. Com o fim da IGM e a rendição da Alemanha em 1918, Hitler ficou fortemente perturbado. Considerava que a derrota alemã fora causada pela traição dos líderes civis e marxistas e que o Tratado de Versalhes era uma afronta ao orgulho da Alemanha.

Já em Munique, os seus valores antissemitas, nacionalistas e antimarxistas cresceram abruptamente e entrou no Partido dos Trabalhadores Alemães (PTA). Foi Hitler que desenhou o novo símbolo do Partido (que entretanto mudara de nome para Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) – a cruz suástica num circulo branco em fundo vermelho. Rapidamente ascendeu a líder do Partido. A partir daqui, a sua atividade política cresce, arrastando consigo multidões. Esteve preso e durante este período escreveu e publicou a sua obra “Mein Kampf”, contendo a sua ideia de como deveria reger-se e viver a sociedade alemã.

Já no Poder…

Aproveitando a conjuntura da Grande Depressão, Hitler consegue tornar-se Chanceler Alemão e começa a arquitetar um conjunto de várias medidas que objetivam a concentração dos poderes na sua pessoa e no seu Governo. Consolidado o seu poder, promove o fim da oposição à sua pessoa e ao seu Partido. Em 1933, apenas o Partido Nacional Socialista ou Partido Nazi, era legal. No ano seguinte, entre 30 de Junho e 2 de Julho vários membros da oposição política foram assassinados. Era a purga, conhecida como a Noite das Facas Longas.

Baseado no seu ideal antissemita e valorização da raça alemã, Hitler implementa e promove a higienização racial. Ou seja, todos aqueles que não eram alemães puros, viam as suas vidas muito dificultadas. Sabe-se que, entre 1939 e 1945, mais de 12 milhões de pessoas (Judeus, Polacos, Comunistas, Homossexuais, Testemunhas de Jeová, Sindicalistas, etc) morreram em prol destes valores extremistas.

Milhares de pessoas foram aprisionadas e assassinadas em vários Campos de Concentração. Aqui vemos alguns desses presos em Auschwitz

A Segunda Grande Guerra Mundial:

Este foi um dos mais graves conflitos militares de toda a História da Humanidade. Começou a 1 de Setembro de 1939, com a invasão da Polónia pelas forças alemãs como resposta a uma suposta agressão do exército polaco a alguns soldados alemães junto à fronteira. A verdade é que fora um plano nazi, com um pequeno grupo de soldados alemães com uniforme polaco assaltaram uma estação de rádio polaca e, via rádio, incitaram polacos a atacar a fronteira alemã. Rapidamente, com a Polónia dominada, Hitler pôs em marcha o plano da Guerra Relâmpago – conquistar o mais depressa possível a Europa sem dar hipótese aos respetivos países de armarem as suas defesas. Áustria, Hungria, Checoslováquia, Polónia, Escandinávia, França, Luxemburgo, Países Baixos e Bélgica, chegando a atacar também o Reino Unido. Importante referir que a Alemanha forjou uma aliança com a Itália de Mussolini e com o Império do Japão – tridente conhecido como as Potências do Eixo.

Bandeiras das Potências do Eixo: Alemanha Nazi; Império do Japão e Reino de Itália

Em 1941, podemos afirmar que dá-se o início do fim da Era Nazi. Hitler, e os seus Oficiais, têm a desagradável ideia de invadir a aliada União Soviética (aliada porque 3 anos antes Hitler e Estaline acordaram um Pacto de Não-Agressão e de partilha da Polónia). Tal como havia sucedido com a tentativa de Napoleão Bonaparte, 130 anos antes, a invasão foi um tremendo desastre. A somar a isto, o Japão decide atacar a base naval norte-americana de Pear Harbor, no Havai, o que despoleta a entrada dos EUA na Guerra, relançando e virando o jogo em vantagem para os Aliados. Reino Unido, EUA e URSS, unem-se para pôr um fim ao jugo nazi na Europa. Entre 1942 e 1944, derrotas sucessivas, a economia debilitada e a saúde degradada de Hitler fazem perder o fôlego e o ímpeto alemão. Os Aliados avançam contra a Alemanha por várias frentes e esta não consegue dar a resposta necessária. A 7 de Maio de 1945, a Alemanha render-se-ia aos Aliados com a queda de Berlim. A Guerra chegava ao fim.

O hastear da Bandeira da URSS em Berlim marcou o fim da Segunda Guerra Mundial

Consequências:

O fim do terror de Hitler e do Nazismo levou a uma profunda reorganização política, económica e social, não só na Europa, mas um pouco por todo o Mundo. As marcas deixadas pelos Nazis motivaram os líderes mundiais a unirem-se para evitar uma nova ascensão de um líder populista e extremista e criar as condições para que os valores democráticos da liberdade, igualdade e o direito dos povos seja respeitado. Assim nasceu a ONU e os primeiros alicerces para a Comunidade Económica Europeia. Também dividiu o mundo em duas grandes áreas de influência: Democracia a Ocidente versus o Socialismo Soviético a Leste. Hoje, 73 anos depois da morte de Hitler, e apesar de alguns focos de conflitos militares terem ocorrido e continuarem a ocorrer na Europa e por todo o mundo, podemos dizer que a manutenção da Paz é um das grandes conquistas do pós-1945. Contudo, novas ameaças do extremismo, quer da Direita, quer da Esquerda, fazem-se ecoar novamente por todo o lado, e fazem recear um retrocesso ao período que levou à 2GM.

Que o bom senso e a Democracia imperem naqueles cujas mentes encaram o extremismo como uma opção viável. Que olhem para os erros da Humanidade do passado, não muito distante, e das consequências que daí advieram. Pelo bem da paz e da prosperidade dos Povos do Mundo, que se diga não ao Extremismo e ao Populismo. Que, independentemente de onde este texto esteja a ser lido, o Governo desse país promova os valores democráticos e do bem-estar social, quer daqueles que são nascidos e criados nesse país, quer das minorias étnico-raciais que nesse país escolherem viver.