A capa de Junho

Junho, mês dos Santos Populares. Contudo este início do mês ficou marcado por outras razões que não a preparação para a festa dos Santos.

Esta primeira semana de Julho ficou marcada por 3 capas de revistas que saíram (e algumas trocas e baldrocas de treinadores, mas não foi esse o assunto que nos trouxe aqui).

Comecemos pela revista internacional Vanity Fair que faz capa com Caitlyn Jenner. Aos 65 anos decide (finalmente acrescento eu) ser como verdadeiramente se sente – uma mulher. Primeiro de tudo há que dar os parabéns pela coragem de passar por uma transformação de sexo, sendo ainda mais uma figura pública. Segundo deverá existir quem pense o porquê de apenas agora, com 65 anos, decidir-se a mudar. Como o proverbio diz “mais vale tarde do que nunca” e poderá só ter encontrado, agora, as condições necessárias, sejam elas quais foram, para passar por este processo. Se precisava de ser capa de uma revista para “apresentar” o novo nome e imagem? Talvez não. Se precisava de dar uma grande entrevista para dizer que se sentia mulher e estava em processo de mudança de sexo, quando já toda a gente o sabia? Talvez também não. Se seria capa de revista sendo apenas Bruce Jenner, o atleta, em vez de Bruce Jenner, padrasto das Kardashians? Talvez também não. Mas faz tudo parte do show americano. Tão modernos numas coisas, tão retrógrados noutras. Apesar de tudo está uma grande capa!
vanity

A segunda capa do mês é da tão famosa Playboy, que volta a estar à venda em Portugal. Mafalda Teixeira foi a escolhida para primeira capa. O que dizer sobre a capa? Está diferente do tipo de imagem apresentada pela anterior Playboy, penso eu (só posso falar das capas, porque o resto do conteúdo não sei) – lembro-me que na altura li muitas críticas sobre a “muita” roupa que tinham sendo uma edição da Playboy. Outra coisa é que para quem foi mãe há coisa de um ano está em excelente forma! Sim, eu sei que o mais provável é terem usado Photoshop nas fotos, uns retoques aqui e ali, mas mesmo assim está com um fantástico corpo. (Se alguém discordar, está à vontade para o referir.) Por isso Mafalda, querida amiga, qual é o segredo? Eu e muitas mulheres adorávamos saber.

(Um aparte para os editores da revista: a sério que usaram a piada da capinha? Haja piada mais seca, caramba.)

capinha

Por último, a terceira capa mais “badalada” da semana e para mim a melhor de todas (vá-se lá saber porquê?) Revista Cristina apresenta Ricardo Quaresma de uma forma que raramente o vemos (nós, comum mortal, não o vemos, a sua senhora presumo que sim, mas ficará entre eles). E que bela forma aquela que mostra!! Ok, a foto é um bocado à José Cid, contudo aquele corpinho não permite que se pense noutra pessoa. É toda uma foto onde se pode ver cada uma das tatuagens do jogador (pelo menos aquelas que mostra) e que só a moldura atrapalha o momento da apreciação da arte. (Ainda dizem que não se aprecia arte em Portugal!)

Penso que ninguém estaria à espera de ver alguém que poucas entrevistas dá numa capa, desta forma. Mas que eu gostei, gostei! É acima de tudo um tipo de capa que não vemos muito em Portugal (eu pelo menos não tenho visto, porém caso esteja a ver mal estejam à vontade para me elucidar se capas forem tão “boas” como esta). Pessoalmente não me choca este tipo de produção e gosto do arrojo de quem fotografa (e tem as ideias). Este tipo de produção também fez Cristiano Ronaldo com a namorada de então, Irina, para a Vogue, fotografado por Mario Testino. Aparecia também como veio ao mundo, com a moçoila a tapar-lhe as partes mais íntimas. Alguma diferença entre a capa de uma revista e de outra? A internacionalidade da revista, apenas e só para mim.

Somente mudava o tipo de imagem com que a Cristiana aparece na moldura. A roupa seria outra, algo menos formal. A mim parece que não combina muito bem a nudez de um com um vestido de gala de outro. Tirando isso está uma bela capa, sim senhora. Espero por mais capas destas!

crs

Gostei do arrojo de cada um das produções (pelo menos da capa que foi o que vi) e das próprias pessoas. Não li nenhuma das revistas, não sei se o conteúdo é interessante, se a capa não passa apenas duma forma de vender, mas que foram diferentes, surpreendentes, foram!! E que os Santos os perdoem!! 🙂