Cervantes, um grego escondido…

Boas meus caros, bem-vindos de volta ao meu cantinho. Hoje o que tenho para vocês é mais uma história da vida moderna. Uma daquelas tramas que, por não lembrar a ninguém, poderia ser história para aquela crónica diária do Nuno Markl, mas por ser demasiado grave, não tem lá espaço.

Tudo começa num grande ano de dois mil e quinze, depois da graça de Nossa Senhora numa longínqua Nação que fica depois dos Alpes. Banhada pelos Mares Egeu e Jónico, a Grécia vive momentos de grande aperto! Em eleições, os gregos elegeram um novo herói, Dom Alexis Tsipras de l’Atenas. Este em conjunto com o seu companheiro Sancho Varoufakis, lançaram-se à cruzada de derrotar os moinhos e salvar a sua amada Dulcineia Helénica.

Montado no seu cavalo Syriza, este herói negoceia com os moinhos “Merkel”, “BCE”, “OCDE”, “Hollande”, numa tentativa de resgatar o Povo da sua amada, à enorme divida a eles associado! Porém, este Ulisses da vida moderna, combate com armas mais imaginárias do reais, e as ameaças dos Moinhos vão sendo cada vez mais sérias!

Com a negociação cada vez mais difícil com os Moinhos, e Dom Tsipras cada vez mais frágil no plano Europeu, este decide então de afastar Sancho Varoufakis, de forma a tentar ganhar algum avanço. Com os Moinhos já em enorme vantagem, surge então o inesperado: uma revolta na batalha.

Os Moinhos, ameaçados com a posição geopolítica da Grécia, uma das armas de Tsipras, decidem então serem flexíveis, disponibilizarem mais financiamento e, segundo o que hoje veio a público, o acordo entre as duas entidades está iminente. Os mercados, Deuses nesta história, já reagiram com as maiores bolsas terem sido revistas em Alta. Dom Tsipras, vê assim mais uma batalha ganha. Sancho Varoufakis, está com a sua companheira a beber vinho e com sessões fotográficas para a Paris Match na sua casa com vista para a Acropolis.

E nós? Bem, nós vamos ficar à espera de novos desenvolvimentos para continuar esta grandiosa epopeia! Até à próxima 5ª…