Do meu rosto,
Algo cai.
Analiso-o,
Líquido,
Fresco,
Salino…
O que será? Água?
Não poderia…
Salgada não seria…
Suor?
Salgado… Sim!
Mas tão frio…
Não…
Uma lágrima?
Estou a chorar?!
Porquê?
Porque choro?
Porque espero…
Porque penso…
Por nada pensar,
E nada fazer?
Sentir a alma arder
E o coração gelar?
Ou, de contrário,
A chama invadir o meu coração
Como um furacão.
No entanto…
A lágrima estatela-se no chão.
Percebo, entretanto,
O raciocínio foi em vão.
De leviandades foi o Mundo feito. Para lá delas, decidimos fechar os olhos e observar o nosso próprio Ego. Para lá dele, um dia, estendeu-se uma realidade que Platão, dentro da caverna, não foi capaz de perceber, deixando, a nós, filhos de Aristóteles, um caminho a trilhar.
Marcaremos o chão com a presença da nossa lágrima?
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