Negro Rubor – Viriato Queiroga

A duna subo para verificar:
O Mundo acabou.
Negro, o meu olhar.

Contrastante azul horizonte
Do rubor terreno.

O pó flutua pela ar,
Estou a chorar.

Um rio, outrora cristal,
Fugia, agora Rubi,
Talvez procurando um fim.

Nada mais que vermelho.
Sanguíneo encarnado
E negro rubor

Vermelha escuridão,
Voo sobre negra destruição.

Em minhas mãos repousa pó…
… Agora húmido…
Estou só.

Nada existe
Quando Plutão tudo levou
E o Sol nada encontrou.

Ou talvez… Algo encontrado,
Sob a areia,
Sobre a guerra feia,
Terá observado…

… O Sol!

Olho o horizonte,
Há uma batalha a travar.
Com uma lâmina cortante,
O Mundo irei conquistar.

 

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