Os 5 Tipos De Pessoas Que Deve Evitar No Facebook!

O Facebook é o centro da vida de demasiadas pessoas. Senão vejamos: é lá que postamos novidades sobre nós ou a nossa vida; é lá que partilhamos com os nossos “amigos” o que estamos a ver/ouvir/fazer/dizer, etc; é lá que lemos notícias de todos os jornais, revistas e televisões; é lá que falamos com os nossos “amigos” (e lhes damos os Parabéns quando celebram o seu aniversário). E ainda bem que referi os amigos, pois são eles o ponto central desta crónica. Sim, porque no Facebook tudo o que fazemos é para os “amigos” verem, comentarem, partilharem e (de preferência) darem o seu “gosto” (ou “like” na língua original). E não se deixem enganar…todos o fazemos pelos “gostos”, comentários e partilhas (mesmo aqueles que dizem não querer saber disso para nada). Mas graças às redes sociais (e em particular ao Facebook) o conceito de “amizade” e de “amigo” mudou bastante. E é precisamente por isso que o “Desnecessariamente Complicado” tem como foco os cinco tipos de pessoas que deve evitar na maior rede social do mundo!

Eu sou do tempo em que todos tínhamos meia dúzia de amigos. Conhecidos eram muitos, agora amigos? Esses eram poucos, mas bons! Tão bons que sabíamos que nunca nos falhariam! Hoje em dia tudo é diferente: todos são nossos amigos…no Facebook. E agora, como nunca antes, concedemos a todos os nossos “amigos” um privilégio inestimável: acesso (muitas vezes incontrolável) às nossas vidas. Eles podem ver tudo, comentar tudo, partilhar tudo. Ou seja, aquilo que antes apenas a tal meia dúzia de pessoas sabia agora está acessível para largos milhares. Não é preciso entrar em mais detalhes para que percebam o quão perigoso isto pode ser, pois não? É precisamente por isso que surge esta crónica: para que tenha cuidado com certos tipos de pessoas. São cinco tipos de pessoas a que deve de ter atenção antes de aceitar o pedido de amizade (ou pelo menos antes de conceder acesso total ao que publica).

Nota prévia: este é um texto humorístico. O objectivo não é atingir, ou ofender, quem quer que seja. Irei generalizar não estando, por isso, a falar de ninguém em particular. Utilizarei lugares comuns para fins de comédia. Serve este aviso para que ninguém se sinta ofendido com o que afirmo abaixo.

1º – Fotos de Perfil

Quando recebemos um pedido de amizade a primeira coisa para onde olhamos é o nome e a foto de perfil (logo seguida da foto de capa). Afinal de contas tem de haver algum motivo para que aquela pessoa nos tenha adicionado, certo? Em teoria sim. Na prática não, dado que muita gente não pensa assim…fazendo por isso pedidos de amizade à velocidade da luz. Logo o primeiro cuidado a ter é com a foto de perfil. Nos dias de hoje todas as pessoas têm conhecimentos e instrumentos para colocar uma foto de perfil. Ou seja: tudo o que sejam perfis sem fotos ou com fotos de paisagens, flores e animais é, claramente, para rejeitar. Sim, porque a Anabela Dias, de Mondim de Basto, (os dados são fictícios, é apenas um exemplo) não é nem um labrador, nem uma planície alentejana, nem uma orquídea, pois não? Pois não, até porque isso é impossível. Por isso já sabe: uma boa selecção dos seus amigos começa logo na foto de perfil. Nada de ser amigo de gerberas, jacarandás, leões da Rodésia ou mesmo tubarões martelo, ouviram? Depois não digam que não vos avisei!

2º – “Gostos”

Em muitos dos casos só depois de aceitarmos o pedido de amizade é que percebemos que não o devíamos ter feito. E percebemos isso através de vários factores, nomeadamente…dos “gostos”. Ok, o “like” existe para ser usado. Até aí estamos juntos. Mas é preciso saber dosear os “likes” que colocamos/”damos”. Uma coisa é fazermos um, dois ou três. Outra, completamente diferente, é fazermos dez, onze ou doze…seguidos (ou num curto espaço de tempo).  Por isso se receber demasiados “likes” da mesma pessoa pelo menos tenha mais atenção ao seu restante comportamento.

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Ah, mas há mais a dizer sobre “gostos”. Por exemplo…um “gosto” de alguém que não conhece em publicações/fotografias do verão de 2012 é sinal de que está a ser seguido (ou então essa pessoa quer mesmo dar nas vistas e fazê-lo perceber que está “de olho em si”). Terceira, e última, advertência quanto a “gostos”: são para usar…nas publicações dos outros e não nas próprias. Ou seja, é normal que os dê aos seus amigos e não a si próprio. É desprovido de qualquer sentido que alguém o faça (nem na brincadeira visto que…não tem graça alguma). No mundo real seria o equivalente a ficar a falar sozinho em altos berros no meio da rua ou a dar palmadinhas nas suas próprias costas à falta de um amigo que o fizesse. Bem estúpido não é? Pois é…bem estúpido mesmo! Logo, olhos bem abertos, não vá ser amigo das pessoas erradas!

3º – Caps Lock

No mundo da internet, e das redes sociais, nem todos sabem as regras. Quais regras? Por exemplo: “Não escreverás em caps lock, salvo queiras expressar fúria, raiva ou simular que estás a gritar”. Parece um mandamento, eu sei, era essa a intenção. A constituição de frases apenas com recurso a letras maiúsculas é algo que, confesso, me provoca especial irritação. O que é que custa escrever o mesmo mas…em minúsculas. É que basta essa “pequena” diferença para a frase mudar completamente. Senão vejamos o seguinte exemplo: “Bolas, estou atrasado!” –  “BOLAS, ESTOU ATRASADO!”. Vai-me dizer que não leu na sua mente a segunda frase em tom de grito e revolta? É normal que o tenha feito, pois essa é uma das suas utilizações. Claro que eu refiro-me a quem utiliza sempre este artifício e não a casos isolados. É preciso distinguir o pecador casual do recorrente. E o se o primeiro é tolerável, o mesmo não podemos dizer do segundo.

Nota: Acha que estou a exagerar? Este pecado pode ser deveras irritante, senão veja o seguinte exemplo: “VÁ, É HORA DE CONFESSAR: ESCREVER DESTA FORMA É, OU NÃO É, EXTREMAMENTE IRRITANTE? É, NÃO É? POIS, EU AVISEI, CARO LEITOR! JÁ DIZ O DITADO: “QUEM O AVISA SEU AMIGO É!”. Acho que me fiz entender, não foi estimado leitor?

4º – Páginas de Casal

Se a vida é feita de modas o Facebook não lhe fica atrás. De tempos em tempos lá aparece uma nova moda. E se umas até são engraçadas (como o vídeo com um resumo dos “melhores momentos” do nosso ano feito automaticamente pelo próprio Facebook) outras não fazem qualquer sentido. E nesta segunda categoria entram, definitivamente, as páginas de casal. Vamos directos ao exemplo (com nomes fictícios, claro está). O vosso amigo André decide casar com a sua amada Sandra. Eles são felizes, têm uma vida estável e querem dar o tão importante passo do casamento. Parecem o casal perfeito, certo? Errado. Porquê? Porque embora pareçam perfeitos a verdade é que têm uma página de casal no Facebook! Ou seja: abdicaram dos seus perfis individuais para criarem um em conjunto. “E o que é que acontece quando eu quiser falar com o André?”. Pois…aí corre o sério risco de estar antes a falar com a Sandra. “Mas isso também poderia acontecer nos perfis individuais…”. Pois podia, é verdade, mas o risco seria muito mais baixo (por razões óbvias).

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Um casamento é a junção de duas pessoas, e as respectivas almas, para potenciar a criação de uma terceira entidade: o casal. O André é o André. A Sandra é a Sandra. E juntos são marido e mulher. Mas isso não faz com que percam a sua identidade, personalidade e independência. Estar sob o constante escrutínio da nossa amada não faz sentido. Se existir confiança entre ambos nunca será preciso controlar absolutamente nada.

Felizmente esta é uma moda que passou rapidamente sendo este tipo de perfis bastante raro em 2015. Contudo eles ainda existem. Logo já sabe: um perfil conjunto é, claramente, um sinal de aviso em letras garrafais. Desconfie, logo à partida, do que vai encontrar porque não pode vir dali coisa boa!

5º – Discussões

A internet é, muito provavelmente, a melhor invenção de todo o sempre. Contudo graças à possibilidade de qualquer cidadão ser anónimo (ou pelo menos muito difícil de encontrar e identificar) pode tornar-se extremamente perigosa. E por entre tantas pessoas que têm acesso ao Facebook a maioria apenas quer (e tem prazer) em…discutir. Seja que tema for, o importante é discutir! Seja futebol, política, religião ou mesmo gastronomia, é garantido que a pessoa em causa tem uma opinião formada, conhecimento adquirido (pelo menos ele acha que tem) e dados estatísticos (em muitos dos casos inventados ou retirados do contexto de forma a favorece-lo) para suportar o que afirma.

Leitores, eu já vi começarem discussões por causa de uma açorda! Eu repito: uma açorda! Tudo por causa do método de a confeccionar! Se isto não é loucos não sei o que será.

Ora importa reter que este tipo de “amigo” é extremamente “perigoso”: vai encontrar defeitos em qualquer publicação nossa; terá sempre uma opinião para dar e vai dá-la aconteça o que acontecer; vai meter-se em qualquer conversa e mudar o tom se for necessário; não vai admitir que não lhe respondamos à altura assim como não admitirá nunca que estava errado. Ou seja, é o tipo de amigo extremamente cansativo. Seja música, literatura, cinema ou qualquer outra área….ele estará lá. Ele e a sua opinião polémica que ninguém quer reconhecer.

Se gostar de um bom “bate papo” é o amigo ideal. Mas se não gostar aconselho-o a ter cuidado e a não dar “troco” sob pena da respectiva conversa demorar cerca de trinta e cinco anos.

E assim terminou o top cinco do tipo de pessoas que deve evitar no Facebook. Tal como referi acima, e que agora repito, este é um texto bem-disposto, bem-humorado e cheio de ironia. Não é um ataque a ninguém. Cada um é como cada qual e nada tenho contra isso.

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Devem ser “amigos” de quem quiserem, independentemente da sua personalidade, idade, raça, cor da pele (ou qualquer outro factor). A amizade é a mais forte ligação entre dois seres humanos (apenas superada pelo amor verdadeiro, na minha modesta opinião) e é isso que deve fomentar. Não reduza as suas amizades a um “gosto”, a uma partilha ou a um “Parabéns” uma vez por ano. Ser amigo não é isso! Ser amigo é estar tão presente quanto lhe for possível. É lembrar-se dessa pessoa, falar com ela, brincarem, rirem, falarem e tantas outras coisas que o leitor certamente saberá melhor do que eu.

Estou á beira do quarto de século de vida. No meu perfil pessoal de Facebook tenho mais de mil “amigos”. Contudo, os verdadeiros amigos são poucos. Os desafios que o destino tem colocado no meu caminho têm tido como consequência uma redução desse número de pessoas. Provaram não ser merecedoras da minha amizade e, como tal, os nossos percursos separaram-se. Mas por cada um que abala outro chega. O círculo vai-se renovando e actualizando. E, no final do dia, isso é que realmente importa. O importante é que nunca se feche por completo. Nada é mais triste do que a viver isolado.

Boa semana.
Boas leituras.