Pouco importa que me vejas

Pouco importa que me vejas,

Como um fruto proibido,

Do género quando há cerejas,

Mas está muito caro o quilo.

 

Pouco importa que ainda guardes,

De mim uma certa distância,

Que embora saibas não fales,

Mantendo-me na ignorância.

 

Importa é o que se sente,

Quando se gosta de alguém.

Pode-se fingir no presente,

Mas não pertence o futuro a ninguém.