Resiliência Feminina, digo eu!

(Mesmo que pareça, este não é um artigo deprimente!)

“Desabafo #768.553”
Acabamos normalmente no chão e derrotadas de tanto que a luta nos exigiu.
O choro levou-nos a respiração e achamos que estamos mais feias…normalmente ficamos mais magras, definhadas; como quem morre devagarinho de tristeza.
É como se um pedacinho de nós tivesse sido levado pela inércia de quem percebeu que poderia resolver algo mas foi ficando parada, aguardando que o Universo do dito amor tratasse desse assunto por nós; afinal, ele não é o mais poderoso dos sentimentos e não tem a cura para tudo?!

E caímos, e levantamos, e caímos, e levantamos. A meio do caminho fazemos asneiras, confiamos cegamente na recuperação e precipitamos acções, algumas que nos levam novamente ao chão.
Sabemos que a cura aparece quando a barriga não treme ao choque visual, quando não temos de justificar atitudes a terceiros e novas sensações livres de culpa que nos ocupam por dentro.
Quando pessoas “frescas” tomam pequeninos lugares em nós, e quando as borboletas voltam a rondar o nosso estômago. Quando as “sms” nos arrancam sorrisos meios ordinários, quando compramos lingerie nova, “just in case”.

A cura aparece quando nós voltamos ao nosso corpo e recuperamos o peso do rabo, que está agora maior, mas mais gostoso e pronto para se rebolar em jeans apertadinhos e de toque leve, roupa sem preconceito e pronta a ser usada e abusada como quem é livre de escolha e faz do livre arbítrio o ponto alto da vida.
A cura, não é o tempo que a traz, é a nossa vontade de sair da doença.

“Está no ir.”