Sou filho dos 80/90

Sou filho dos 80/90.

Sou…..

Sou  filho do respeito, do “porque eu te mandei” de sempre da minha mãe, sou… do oiço e obedeço mesmo que tivesse toda a razão possível.

Sou….

Sou filho das brincadeiras na rua, até ao cair da noite, dos joelhos esmurrados, cabeças partidas, das bolas que teimavam em ir para as casas dos vizinhos.

Sou filho das quedas de bicicleta sem travões, dos carros de rolamentos feitos às três pancadas, dos jogos de berlinde, das trocas e baldrocas dos Tazzos da matutano.

Sou…

Sou filho das fugas do toque da campainha, das lutas sem fim com miúdos na rua, das tardes perdidas nos campos de milho, a brincar de cowboys com pistolas feitas de pau.

Sou…

Sou filho das horas infinitas a jogar Super Mário, Sonic ou Itália 90 até a dita consola cheirar a queimado.

Das brincadeiras à chuva, do cantarolar a tabuada na escola primária e da régua de pau da professora que teimava em dar “bolos”.

Dos bilhetes escritos dentro da sala de aula para uma miúda qualquer,  do sentimento de tristeza por aos 10 anos não ter um amor correspondido.

Sou filho das tradições de Natal, do raio da música do coro de Santo Amaro de Oeiras, do Natal dos Hospitais, e da publicidade das fantasias de Natal, daquela prenda maravilhosa dada pela tia avó todos os santos anos…um par de peúgas!

Sou…

Sou filho da saudade, de um tempo que não volta, mas que ficou.

Sou filho dos 80/90 e vocês também, se se identificaram com alguma coisa destas…

Orgulhem-se!

São dos bons, são filhos de uma geração, são pintores que pintaram um tela cheia de cor, cheia de infância.

Vocês sabem o que é ser criança.

Hoje não é assim, mas os 80/90 não morreram, como qualquer pai ou mãe estão só envelhecidos pelo tempo…pela vida.

A nós, como filhos dos 80/90 resta-nos contar as nossas histórias e aventuras, para que estes miúdos  de agora saibam realmente o que é ser criança!

Somos filhos da tradição, do respeito, da educação e do amor.

Não se esqueçam de recordar e de sonhar porque a vida é feita de sonhos!