Um beijo numa noite de São João!

Vê, voar sobre o cerco do fim

Sem quebrar a honra perseguida,

As palavras nesta folha

Branca com entrelinhas,

 

O peito sangra porque

Tudo é simples,

Nada fará sentido

Se o vento seguir,

Ninguém te vai ouvir,

Perguntar ou perceber,

O que fazes com as margens

Ínfimas do leito das tuas lágrimas,

 

Dando luz à vida

Que, engana a sorte

Do segredo desfeito,

Quando o desespero silencioso

Sussurra ao ouvido a própria a dor,

 

Os receios não se lembram de ti,

O teu silêncio inventou os meus versos

Desaparecidos por entre um sorriso,

Esperando um beijo,

Como numa noite de São João

Iluminada por aqui, estares comigo

E, dizendo-te: amo-te.