“Um Sítio que era meu… era de todos nós!”

“Marmelada de banana, bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Rios de prata, pirata
Vôo sideral na mata, universo paralelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
No país da fantasia, num estado de euforia
Cidade polichinelo
Sítio do Pica-Pau amarelo”

Era assim,que começava mais uma viagem pelo “Sítio do Picapau Amarelo”.
Foi talvez um dos melhores programas infantis da nossa boa infância,
ainda hoje é lembrado com saudade, um fantástico universo que nos fazia perder horas, e boas horas perdidas.

A história passava-se no Sitio do Pica-Pau Amarelo (que existe mesmo),  onde vivia a Dona Benta, uma velhinha simpática, a Tia Anastácia, que era a cozinheira, e a neta da Dona Benta, Narizinho.

Para além delas também viviam por lá o velho Tio Barnabé e os seus ajudantes Zé Carneiro e Malazarte.

Se bem se lembram a Narizinho era uma criança muito sozinha mas que tinha muita imaginação, e por isso resolve criar um mundo de fantasias, no qual a personagem principal é a sua boneca de trapos Emília, feita pela Tia Anastácia.

A aventura começa quando um dia a Narizinho conhece o Príncipe Escamado do Reino das Águas Claras, que fica encantado com a menina e a convida para conhecer o seu reino, que por coincidência, fica localizado no ribeirão do sítio. No reino, Narizinho conhece entre outras personagens o Doutor Caramujo, um cientista, que dá a Emília uma pílula falante que a permite falar depois de a ter ingerido.

Não conseguíamos perceber o que era real ou fruto da imaginação já que por vezes as coisas pareciam fundir-se de tal forma e por em perigo as diversas personagens.

O primo Pedrinho, que estudava na cidade grande, onde vivia com a sua mãe, vinha nas férias da escola, para brincar com a prima Narizinho.

Pedrinho também tinha um amigo feito pela tia Anastácia, o Visconde de Sabugosa, feito de uma espiga de milho velha que também ganha vida, e que tinha uma admirável sabedoria, por ter sido esquecido durante muito tempo no meio dos livros, tornando-se assim intelectual e cientista.

Duas grandes personagens tomavam conta da série,
o Saci Pererê e a maligna Cuca, que nos assustava a todos com os seus planos para maltratar os dois meninos.

Dona Benta era a Avó de todos nós, o Visconde Sabugosa era um porreiraço e a bruxa Cuca metia-nos realmente um medo do caraças.

Uma série fantástica que puxava pelo nosso imaginário e nos divertia sempre.

Boas leituras meus amigos e não se esqueçam de recordar e de sonhar porque a vida é feita de sonhos.