Vejo-te inocentemente

Vejo-te inocentemente,

Passares em bicos de pés,

Como vindo pores-te à frente,

De quem te ama sendo como és.

 

Pezinho ante pé, matreira,

Pra não dar demais na vista,

Devagar, que levo na ideia,

Poder passar-te em revista.

 

Passa, menina donzela,

Embora não o sejas faz tempo,

Apesar de ainda teres dela,

A luz que brilha vinda de dentro.