À volta da tolerância

A sociedade ocidental criou uma política de tolerância e de não vigilância a tudo o que lhe é estranho. O espírito do ocidente é fundado em certos valores inalienáveis como a liberdade, a justiça ou a paz. Pois bem, quando estes pilares começam a ser colocados em causa é precisamente aí que a tolerância deve ser questionada de forma para proteger os valores comumente aceites.

Temos assistido, nos últimos tempos, fruto do extremismo islâmico, à radicalização de alguns jovens ocidentais. Fico perplexo quando alguns tentam culpar o próprio ocidente por esta radicalização, argumentando que, na sua maioria, estes são jovens com uma frágil estrutura social, caídos numa situação de miséria extrema e, à falta de opções, decidem optar pela revolta contra o sistema. Passam para o outro lado da barricada, convertem-se ao Islão e desatam a cometer barbáries por tudo quanto é canto. Culpar a sociedade ocidental pela miséria dos outros é no mínimo surreal. Se a nossa sociedade, com um conjunto de valores bem estabelecidos, é culpada pela desgraça destes jovens, o que poderemos dizer das outras sociedades? Mais, será que a sociedade tem toda a responsabilidade na chamada “integração” desta gente? Não serão estes indivíduos que se auto-excluem, optando pelo caminho menos penoso (ou mais penoso conforme as perspectivas)?

É de todo importante que todos reflictamos acerca destas questões e da maldita política de tolerância que foi implementada em toda a Europa com especial incidência para a Inglaterra. Não se surpreendam que a terra de Sua Majestade seja um autêntico covil de jihadistas, especialmente depois de toda a política de liberdade total que foi dada para que pequenas células se organizassem e transformassem as mesquitas em autênticos campos de recrutamento de radicais. Tudo em nome da maldita liberdade e tolerância, uma liberdade e uma tolerância feitas sem a mínima preocupação de vigiar o que se passava nestas autênticas “escolas de terroristas”. Pergunto, o que é a liberdade e a tolerância quando a responsabilidade dos intervenientes está ausente? 

A sociedade ocidental, no geral, nada tem contra a comunidade islâmica ao contrário dos mitos que muitas vezes nos são incutidos. Felizmente, e por muito que nos queiram apelidar de racistas e xenófobos, nós, ocidentais, continuamos a ser o “paraíso na terra”, o local no qual todos podem profetizar a fé que bem entenderem, o local em que todos podem ter as opiniões que desejarem sem estarem temerosos da possibilidade de serem mortos.

Em tempos de um choque civilizacional como este que vivemos, é importante ter a noção que dar total liberdade a estas comunidades tem os seus custos. Já todos verificamos que são demasiadamente altos! Não peço um policiamento feroz, tampouco que a comunidade islâmica seja proibida de exercer os seus actos de culto. Peço vigilância, policiamento, já que, na verdade, alguns deles são diferentes de nós. Na verdade, alguns deles frequentam as mesquitas para semearem o ódio. Na verdade quando falamos em radicais e extremistas (pelo menos em grande escala) só falamos do Islão, nunca falamos de extremistas católicos ou hindus; e isto faz toda a diferença.